sexta-feira, outubro 07, 2005

Estrada e mesa

Neste moinho dos dias
Atravesso com meu bando
Galopo sobre as semanas
E algo aqui vai ficando
É que sou pó sacudido
Todo esse pó se derrama
Na estrada empoeirada
De uma vida que se trama

Pó do início dos dias
Nunca é o pó do final
Curto e incerto trajeto
Desmantela o cabedal
E o viver também se gasta
Como na mesa, o tempero:
De prato em prato, uma parte
E um pote por inteiro