segunda-feira, maio 16, 2005

A ver navios

Contemplo umas embarcações aqui no velho porto, não sei mais se no pensamento nem tão nítido voltado para a infância de barcos e passeios, não sei se realmente vendo-os, que realmente dia vai, dia vem, e a fronteira entre o visto e o pensado se torna cada vez mais milimétrica.

Chamou-me a atenção, tanto agora como antes, a placa na popa, voltada ao público de terra, onde se lê “afaste-se da hélice”.

E me pareceu oportuno observar que algumas coisas e pessoas e situações são como hélices: dinâmicas, borbulham, chamam atenção e fazem barulho, mas é precisão se afastar delas, antes que comecem a cortar. E foi só isso.