quinta-feira, dezembro 09, 2004

Calibre

Afonso, chama Macário
Declara guerra ao futuro
Um trago, um rifle, e eu juro
Que compaixão é pra otário

O tiro, estilo sonoro
O tombo, escolha e troféu
Em vão gastou-se papel
Que paz virou desaforo

A fuga sobe a colina
Mais um pouco e nunca mais
O ferro e o fogo pra trás:
A esperança matutina

Um silvo rompe na brisa
E colhe a carne indefesa
O susto, a morte, a surpresa
Que esse futuro improvisa